[Valid Atom 1.0] Rabiscos de Debora: fevereiro 2012

24 de fevereiro de 2012

Fábula de Esopo.A mula,o velho e o menino.

     Um velho e um menino foram vender uma mula na cidade. Lá os dois a pé pela estrada, puxando a mula pelo cabresto, quando por um deles passou uma velha que achou aquilo um absurdo:
-Essa é boa, um velho dessa idade andando a pé e a mula folgadona sem peso algum.
      Vendo que a velha tinha razão, o velho subiu no lombo do animal e continuou a viagem. Mais adiante passou um jovem e comentou revoltado:
-Que absurdo, um velho forte como este montado na mula e um menino tao pequeno andando a pé.
       O jovem tinha razão. Eles trocaram de lugar. O velho foi a pé e o menino na mula. Não tardou e duas mulheres comentaram:
-Esta mula é muito forte, bem que poderia levar o velho e o menino.
        O velho resolveu seguir o conselho das mulheres e subiu na mula junto com o menino. Um padre fez o sinal da cruz:
-Estes dois estão querendo matar o pobre animal. Eles é que deveriam carrega-lá.
         E assim entraram na cidade:o velho e o menino com  a mula nas costas. Por onde passavam, tudo mundo ria.
         Moral: Quem quer agradar a todo mundo acaba não agradando ninguém.

16 de fevereiro de 2012

O Poeta e a Sereia

                                                        Sereiazinha do rio Ibira...
          Feiosa,
          Até sardas tem.
          Cantar não sabe:
          Olha e me quer bem.
           Seus ombros tem frio.
           Embalo-a nos joelhos,
           Ensino-lhe catecismo
           E conto histórias que inventei especialmente para o seu espanto.

           Um dia ela voltou para o seu elemento!

                                                         Sereiazinha,
                                                         Eu é que sinto frio agora...
                                                      
                                                             {Mario Quintana}

                                                         

1 de fevereiro de 2012

Uma Aventura no Mar

Era com certeza mais um dia de aventura. Só podia. Quando os tios a convidavam para mais um dia inesquecível, algo de diferente estava para acontecer.
Inês subiu entusiasmada para o barco de recreio a motor que o tio alugara. Branquinho, parecia um iate em ponto pequeno, com uma cabina minúscula, mas suficientemente confortável para se sentarem a apreciar aágua azul esverdeada que tanto gostava. Assim aconteceu. Com o tio Leandro ao volante e a tia Sônia mais atrás sentada junto de si, lá foram galgando a ligeira ondulação, deixando para trás o estreito ancoradouro daquela baía maravilhosa, ainda mais bonita vista do mar. Por muito que insistisse com a tia Sônia para esta lhe dizer onde iam, apenas conseguia obter um sorriso de contentamento. Um sorriso causado pela alegria de saber a felicidade que iriam proporcionar à sobrinha que tanto adoravam. Passados uns bons vinte minutos, Leandro desligou o motor e deixou o barco parar. O mar continuava calmo e Inês apenas conseguia ver água a toda a volta. Para trás, apenas uma estreita linha no horizonte fazia lembrar que ali havia terra. Intrigada, perguntou:
“Afinal o que se passa?”
Ao que o tio respondeu com certo ar enigmático:
“Agora temos que esperar um bocadinho pelo nevoeiro…
”Nevoeiro? Pareceu-lhe ter percebido nevoeiro. Que tolice! Com céu limpo e um sol quente…
“Desculpa tio, não percebi…”, explicou.
“Eu disse nevoeiro. Está quase na hora. Mas fica descansada que não há problema.”
E a Inês ficou baralhada. Continuava sem perceber nada. Olhou para a tia em busca de algum esclarecimento, mas só obteve uma piscadela de olho. Encolheu os ombros e deixou-se ficar. Daí a pouco, não muito longe do local onde se encontravam e um pouco sobre o lado direito, começou a levantar-se uma ligeira névoa. Primeiro bem juntinho à água, depois um pouco mais para cima, até que finalmente ficou um nevoeiro cerrado da altura de uma casa de primeiro andar, e que mais parecia uma grande nuvem a flutuar sobre o mar.
“Está na hora”, avisou o tio Leandro pondo o motor a trabalhar. Inês olhou para o relógio que marcava exatamente 11 horas. Inês Filipa, não podes estar a acreditar no que vês, pensou para si, querendo contrariar o que acabava de observar.

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